
Dei o melhor de mim para ele. Fui gentil, doce, muito compreensiva, como sempre.
Estava pronta para o melhor de noite. Fui legal, imaginei que estivesse cansado e estressado, como quase sempre. Guardei para mim a ânsia de elogios e de um sorriso simpático.
Atrasado. Sim, atrasado. Havia pouco tempo antes da sessão começar.
Chegou, desanimado, com cara de poucos amigos. Não liguei. É bom ignorar péssimos ânimos. Foi até que fácil.
Chuva. Táxi. Chuva. Shopping. Chuva. Cinema. Ingressos. Pipoca. Refrigerante. Filme.
Mais de duas horas e meia com ele, e nenhum elogio. Nada! É como se ele tivesse me visto como quando acabo de acordar.
Tática: sedução. E nada, só perversão mesmo. Ótimo, sem elogios, sem sedução, e sem a mínima vontade de fazer nada além de ver o filme. Ok? Por que quando eu fico desmotivada nada me agrada.
Pronto, explodi. Cara emburrada dele. Cara triste a minha. E nada de perceber o que eu queria.
Joguei na cara. Falei. Magoei.
Eu passo algum tempo me arrumando pra nada? Você me elogia quando eu estou largada, e quando eu me arrumo, nada? Será que eu fico mais feia assim? Of course, baby! Que distração a minha. Homens, sempre assim. Mulheres se arrumam, e esperam pela noite perfeita. Cineminha, beijinhos, abraços, juras de amor, e depois uma noite deliciosa.
Cara emburrada. Mente a mil pensando em qualquer coisa para me distrair. E coração decepcionado.
Nunca mais crio expectativas.
Isso é o casamento!
Nenhum comentário:
Postar um comentário