
Não tenho mais nada que me prenda a essa vida.
Acho que chegou o momento de partir.
Eu já tentei fazer isso uma vez, mas não consegui.
Não sou forte o bastante nem para desistir.
Eu quero, não posso continuar assim.
Essa dor é maior do que qualquer coisa que eu tenha vivido.
Então que seja meu adeus.
E se for que seja pra valer.
Por que eu cansei de desistir.
Sei que ninguém mais espera algo bom de mim, então quem eu quero orgulhar?
Eu não vejo motivo nenhum para me manter nessa.
Minha insanidade está sendo maior que qualquer coisa.
E agora eu sei, que nem uma garrafa de tequila poderia me tirar dessa.
Talvez eu saísse de órbita por algumas horas, mas voltaria pior do que antes.
Música nenhuma é capaz de acalmar minha alma no momento.
E eu surtei, sim, como naquele dia.
Aquelas malditas sombras resolveram me visitar diariamente, estou morrendo de medo, e não sei o que fazer.
Eu deixei toda a minha lucidez em algum lugar, mas não encontro mais.
Talvez tenha ficado junto com a felicidade, só não me recordo quando foi que dei meu último sorriso verdadeiro.
Estou tão fundo nisso, que não me lembro sequer o que é felicidade para mim.
Há algum tempo atrás eu poderia jurar que aquele seu sorriso me tiraria desse buraco.
Hoje não, hoje nem sua mão estendida é capaz de me levantar.
Hoje, eu não sei até que momento me manterei viva para terminar essa história.
Não pensem vocês que estou sendo dramática, pois não é a verdade.
A verdade é que eu amo demais, e agora, de menos. Eu me perdi na definição de amor.
E agora eu escuto de todos o que eu deveria fazer, ou o que fiz de errado.
Ninguém vai me ajudar reforçando os meus erros.
Eu já cansei de escutar onde errei, por que errei e o que devo fazer.
Mais cada passo que eu dou, só me leva para a escuridão dos meus pensamentos.
Na verdade só consigo pensar nessa obsessão pela minha felicidade instantânea.
E quando eu acho que vou conseguir abrir os olhos, depois desse massacre, nada disso acontece.
Então aqui estou eu, jogada no chão gelado, com a cara amassada e os olhos roxos, a voz fraca, e o choro transbordando d'alma.
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