11 de jun. de 2012

Talvez seja



Talvez seja você. Se não for meu sexto sentido se sentiu e partiu. Aquele que me perde e se encontra, me leva e me dá.
Um pouco do que me aflinge me cerca. O medo do ser não sendo e de tudo o que se encontra aqui.
Sinto como se fosse você o responsável por tirar meu sono e velar meus sonhos.
Já senti isso antes. Tudo parece mais fácil. Apesar de que o fácil nem sempre é assim.
É só me tomar em seus braços que o mundo parece ficar preguiçoso. Diminui seus movimentos, e de repente para, só para observar nós dois.
Meus dedos já sabem aonde encontrar os seus. Se enconstam, se aconchegam, e se entrelaçam. Sem pressa, sem jeito, sem medo de querer se segurar e não mais soltar.
Minha respiração se torna ofegante ao me aproximar  de ti. Meus lábios querem percorrer cada pedaço de pele sobre pele existente ali.
 O meu eu quer se prender em cada brecha que você dá. Se agarra a cada sorriso que você esboça, sem graça, sem jeito, meio assim, do nada, em mim.
É você. Talvez seja. Aquele meu sonho, que me desperta a alegria de viver. Aquele rosto que eu esperava ver,  e imaginei que fosse. E se não for, bem, se não for que apenas seja o que tiver que ser.  E então que seja sem ser. Apenas não se vá antes da noite acabar.

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