11:14

Sinceramente já não sei quanto tempo faz. Me perdi nos ponteiros de tanto que o vi ao passar.
Meus olhos doem, foram pouco mais de 24h de choros angustiantes, quase que sem motivos, quase que sem você. E exatamente sem nada de mim.

Suas crises eram sempre assim, Duda já havia de acostumado com tudo isso, dessa vez a dor foi pior.

- Pare de se esconder através desse falso escudo. Eu sei quem você é.
- Eu tenho medo.
- Estou segurando a sua mão, e não pretendo soltá-la.
- Não sei muito bem o que fazer.
- Entrelace seus dedos nos meus e me deixe te levar. Confie em mim, por favor.

Ela estendeu a mão, e esperava que ele fizesse o mesmo.
Eles se olharem, ele colocou a mão no rosto, olhou, desvio, e saiu andando.

Aquilo foi o fim. Talvez não. Mas para Duda aquilo significa o fim.
O reinício de sua longa trajetória repleta de ausência.


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PS* Escrever dopada é um mega desafio.
Já bati o joelho 3x e chutei a cama