Era ele ali, a todo momento, em cada cena dos seus sonhos. Duda já não aguentava tanta tortura.
Por onde passava ele se fazia presente. Em alguns momentos não era exatamente ele ali, do jeito que ela estava acostumada a ver, mas ainda sim sabia que era ele. O mesmo nome, a mesma voz, o mesmo sorriso, só o corpo que às vezes mudava para um desconhecido.
Na maioria das vezes era ela quem se aproximava e tentava puxar algum assunto, mas até nos sonhos ele sempre dava um jeito de fugir.
Eles estão sempre se refugiando, fugindo da tola realidade.
Acordou extasiada, quase que gritando seu nome. Sentia uma falta imensa em seu peito.
Estava ansiosa, exausta, enérgica. Um misto de coisas invadiam sua mente. Coisas que poderiam se contradizer, e ao mesmo tempo poderiam fazer todo o sentido do mundo para um bobo apaixonado.
Era de praxe se sentir assim. Um nó na garganta e um grito estridente costumavam aparecer nessas horas.
Um silêncio constrangedor se abatia, e ainda sim frases soltas eram lançadas.
Talvez estivesse enlouquecendo. Creio que já estivesse surtado há muito tempo. Talvez só tenha percebido agora, ou não. Nem ela sabia ao certo. Quem poderia dizer o que é loucura? Quem sabe apenas alguns poucos delírios se aconchegando.
Sabia o que queria, sempre soube do que precisava.
E agora?
Poderia com mais do mesmo?
Era sempre ele, porque?
Desde que ele apareceu em sua vida tudo havia se tornado cenas típicas de filmes. Tola! Era tudo o que a pequena Duda era. Uma tola!
Aquilo era real.
- Deixe de ser idiota!
- Quem?
- Você!
- Eu apenas am...
- Essa é a vida real, não um filme, um sonho, tampouco um de seus sonhos lúcidos. Você escolheu viver a vida real...
- É real, mas ao mesmo tempo é como se eu vivesse dentro de um sonho...
- Seus sonhos debocham de você.
- Fui criogenizada e estou em meio a um sonho lúcido?
- Chega! Isso daqui não é Vanilla Sky.
- É, e eu não sou a mocinha de nenhum dos meus filmes favoritos.
- ISSO NÃO É UM FILME!
- Eu sei, só comparei...
- Para de comparar a realidade com suas expectativas baseadas no imaginário.
- Mas eu...
- Cresça Duda! Cresça pelo amor de Deus! Você não tem mais idade para sonhar que um príncipe encantado vai chegar em um cavalo branco, tomar-lhe nos braços, beijar-lhe e fazer com que despertes dessa tola realidade.
- Eu não acredito em príncipes.
- Então pare de achar que é uma princesa que precisa ser salva da sua torre, isolada, distante, em meio ao nada.
- PARE! VOCÊ ESTÁ ME ENLOUQUECENDO!
- Eu sou você. V-O-C-Ê!
- Então eu sou um monstro?
- Se você preferir ser chamada de monstro, então sim, é o que você é. Criatura estranha!
- CHEGA!
- Você adora debochar de si mesma, não é?
- Quem é você? Por que está fazendo isso comigo?
- Eu? Eu minha cara? Eu já disse, eu sou você. Eu sou o que você faz consigo mesma.
- Então eu me transformei em um monstro e fico me atormentando? Eu estou me torturando? Eu causo tudo isso?
- Você é tudo isso o que você vê. Você me criou para tentar justificar seus erros. Eu sou a desculpa perfeita para suas crises de identidade. Eu sou o que você é, mas esconde de si mesma.
O telefone tocou, era ele.
Como poderia atende-lo em meio a essa loucura?
(....)
Duda desabou. Era tarde demais. Talvez cedo demais. Só sabia que as lágrimas não cessariam tão cedo.
E agora?
Poderia com mais do mesmo?
Era sempre ele, porque?
Desde que ele apareceu em sua vida tudo havia se tornado cenas típicas de filmes. Tola! Era tudo o que a pequena Duda era. Uma tola!
Aquilo era real.
- Deixe de ser idiota!
- Quem?
- Você!
- Eu apenas am...
- Essa é a vida real, não um filme, um sonho, tampouco um de seus sonhos lúcidos. Você escolheu viver a vida real...
- É real, mas ao mesmo tempo é como se eu vivesse dentro de um sonho...
- Seus sonhos debocham de você.
- Fui criogenizada e estou em meio a um sonho lúcido?
- Chega! Isso daqui não é Vanilla Sky.
- É, e eu não sou a mocinha de nenhum dos meus filmes favoritos.
- ISSO NÃO É UM FILME!
- Eu sei, só comparei...
- Para de comparar a realidade com suas expectativas baseadas no imaginário.
- Mas eu...
- Cresça Duda! Cresça pelo amor de Deus! Você não tem mais idade para sonhar que um príncipe encantado vai chegar em um cavalo branco, tomar-lhe nos braços, beijar-lhe e fazer com que despertes dessa tola realidade.
- Eu não acredito em príncipes.
- Então pare de achar que é uma princesa que precisa ser salva da sua torre, isolada, distante, em meio ao nada.
- PARE! VOCÊ ESTÁ ME ENLOUQUECENDO!
- Eu sou você. V-O-C-Ê!
- Então eu sou um monstro?
- Se você preferir ser chamada de monstro, então sim, é o que você é. Criatura estranha!
- CHEGA!
- Você adora debochar de si mesma, não é?
- Quem é você? Por que está fazendo isso comigo?
- Eu? Eu minha cara? Eu já disse, eu sou você. Eu sou o que você faz consigo mesma.
- Então eu me transformei em um monstro e fico me atormentando? Eu estou me torturando? Eu causo tudo isso?
- Você é tudo isso o que você vê. Você me criou para tentar justificar seus erros. Eu sou a desculpa perfeita para suas crises de identidade. Eu sou o que você é, mas esconde de si mesma.
O telefone tocou, era ele.
Como poderia atende-lo em meio a essa loucura?
(....)
Duda desabou. Era tarde demais. Talvez cedo demais. Só sabia que as lágrimas não cessariam tão cedo.
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