27 de set. de 2012

Por trás da armadura


Eu só queria ter a chance de ser feliz de verdade. Sem medos, traumas, e dores.
Tudo o que eu queria era ser o motivo do seu sorriso, assim como você do meu.
Às vezes fico pensando: se temos a chance, porque não arriscar?
Em alguns momentos eu quero usar toda a minha impulsividade e correr atrás. Em outros prefiro me manter na defensiva, esperando o momento certo.
Mas quando será o momento certo?
Sempre achei que oportunidades podem ser criadas, mas talvez nesse caso nada exista.
Não por mim, talvez nem por você, mas porque há muitas marcas em nossa alma, e em nossos corações.
Se eu disser que te amo, você fica?
Se eu disser que você me salvou de um jeito que ninguém jamais poderia, você seguraria a minha mão?
E se eu esperar? Você estará lá?
Tenho medo do hoje, e principalmente do amanhã. Medo de que seja tarde demais para sermos felizes.
Somos dois covardes refugiados na solidão dos nossos mundinhos particulares.
Que vontade de entrelaçar meus dedos nos seus, encarar seus olhos e ver seu sorriso bobo.
Que vontade de lhe roubar um beijo, e ruborizar a face.
Quantas vontades deixadas de lado pelo meu medo.
Aonde já se viu? Medo de ser feliz. Sou uma bela de uma covarde, isso sim.
Eu só quero cuidar de você, te fazer feliz. Só isso.
Não quero lhe causar mais feridas.
Não quero me ferir, não mais.
Estou tão perdida quanto você nesse mar de incertezas tão certas, que justificativas tolas tentam servir de abrigo para o frio da solidão.
Sou tão covarde que me perco nas palavras, distantes, jogadas ao vento, apenas para evitar que meus olhos denunciem tudo o que está guardando em mim.


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