
Abri a minha caixa de Pandora, e no final permaneci com ela em minhas mãos, um tanto quanto vazia, um pouco como me senti naquele dia, naquele momento, em que o problema não era eu.
Perdi um pouco da vontade de falar, pensar, sentir, e até mesmo de sonhar.
Foi como se de repente eu tivesse esquecido o que eu era. Estive meio que presa naquelas análises.
Estou me perguntando até agora: Aonde foi que eu errei?
Sem resposta apenas permaneci ali, no canto, te observando passar, enquanto os pássaros cantavam uma canção de ninar.
É, no meu mundo eles cantam canções de ninar, que me embalam até eu pegar no sono, e sem querer acabo te vendo neles.
Um gato passa por mim, me chama, me olha, se esfrega em mim implorando por atenção. Imediatamente me sinto como ele. Me sinto um pequeno animal suplicando por amor.
Eu estive distante, mas não demorei muito para voltar.
Não tive pressa de seguir caminhando, mas sabem de uma coisa? Isso cansa.
Correr contra o tempo cansa, desgasta, nos fadiga.
Estou sendo como um ponteiro, deixando as suas engrenagens me fazerem rodar.
E mesmo que eu ande em círculos, sei que passarei inúmeras vezes por você.
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