26 de fev. de 2015

Hoje é um dia daqueles que teríamos muito para comemorar. Completamos nosso primeiro ano de casados oficialmente.
Em outros tempos eu iria esperar por uma surpresa, talvez um bouquet de rosas vermelhas ou uma única rosa. Talvez uma pequena flor roubada num jardim pelo qual você passou. Eu esperaria por uma carta dizendo o quanto você me ama e foi bom me ter ao seu lado por mais um ano, talvez se não desse tempo de me escrever uma carta eu já ficaria feliz em encontrar um bilhete em cima da mesa dizendo " te amo" e se ainda sim a caneta estivesse difícil de ser encontrada e faltasse guardanapos para rabiscar, uma manifestação pública de amor em qualquer lugar ou rede social saciaria minha vontade de surpresa.
Se fosse em outros tempos eu esperaria por um jantar, nem que fosse para comer um pão com qualquer coisa aqui na nossa casinha, ou tomar uma cerveja num boteco qualquer, se eu sonhasse mais poderíamos ir num desses restaurantes que todo casal de filme costuma ir.
Se fosse em outros tempos era o que eu esperaria, o que venho esperando, o que eu sei que vou passar a minha vida toda desejando.
Mas os tempos são outros e hoje parece que basta dizer que lembrou que hoje é um dia importante.
Importante para quem? Para mim que sou a pior das mulherzinhas românticas? Para você que faria sua mulher feliz em apenas dizer "eu lembrei"? Para o mundo? Para a sociedade?
Não, não para mim que vejo apenas mais do mesmo.
E o ano que vem, talvez, nós possamos sair um pouco do meu sonho e viver o amor. 
Eu aceito um beijo dado com vontade.
Eu aceito um abraço saudoso.
Eu aceito um "eu te amo" ao pé do ouvido.
Só não aceito deixar o amor morrer.

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