E antes que ousam dizer quem eu sou, devo me descobrir.
Sem medo, e sem pesares, diante de tudo o que assombra.
Pois só assim serei eu por inteira, sem descobrir o que de mim queres.
Não sou metade de tudo o que se diz.
Nem tampouco o inteiro do que tenho.
Sou apenas o que devo ser, e o que me descubro.
Sou um pedaço de tudo o que quero.
E de tudo o que quero, me pertences compartilhar teus sonhos.
Nada é inteiro diante do que se compartilha.
Lágrimas não são nada diante do que lhes provocou.
Sorrisos podem ser tão superficiais quanto minha imagem refletida.
E a vida pode seguir, sem ao menos me notar.
Por que nada nesse mundo, pode dizer o que um dia fui.
E ninguém irá dizer o que serei.
Se me descobrir, diante do mundo, não serei mais dona de meus segredos.
Se me descobrirem, aqui e agora, dirão que me falta sanidade.
Pois nesse lugar, me falta coragem, pra dizer o que penso.
E o que penso, todos já sabem.
O que penso, nada mais é que mais do mesmo.
E se penso, se ouso sentir, tenho em minhas mãos as respostas que todos necessitam.
Tenho em mente as perguntas que me consolam, e que me movem.
Pois ninguém sobrevive sem instalar a dúvida em sua mente.
Não sem respostas para os medos e anseios, sem as perguntas que lhe tiram do abismo do medo.
Não há perguntas, nem respostas, que podem lhe tirar da solidão.
Sem que haja, dentro de ti, a descoberta de quem irá te salvar.
E que seja assim, movendo a si mesmo, para o abismo.
Pois após a queda, nasce um novo eu.
Aquele que não teme o passado, nem o futuro.
Aquele que aprendeu, que a vida não se teme.
Alguém que saiu do controle, e agora quer controlar.
Alguém que acordou, e quer viver.
Viver o hoje e o amanhã, diante de respostas há pouco esquecidas.
Diante das perguntas que lhe trouxeram aqui.
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