
Sentia a chuva molhar cada parte do seu corpo, o vento lhe arrastar, e o frio tomar conta de sua pele solitária.
As gotas batiam com violência em seu rosto, seus pés se moviam o mais rápido que podiam, queriam correr, fugir, e ao mesmo tempo queriam se manter firme ali. Sentar num canto qualquer e lhe permitir todas as lágrimas que evitava desde então.
Não podia acreditar no que seus olhos viram. Suas palavras ainda ecoavam em sua mente. Toda uma vida em jogo fora deixada de lado. Promessas escaparam de sua garganta, aquelas que lhe roubaram os melhores sorrisos, e fizeram com que tivesse os melhores sonhos.
A única coisa que restou foram as lembranças, e aquele anel em seu dedo. O símbolo de todo o amor que deveria ser eterno.
Tropeçava em suas palavras, sentia como se ele ainda estivesse ali. Era só olhar para o lado ou estender o braço que seus dedos iriam encontrar os dele.
Seu cheiro se misturava no ar junto a toda a água que caia do céu. Aquele mesmo céu que passaram noites observando, contando segredos, e planejando uma vida toda à dois.
Tudo estava acabado. Ele estava distante, seu corpo sentia falta de encontrar o dele. Viver perdeu o sentido.
Acabou, graças a ela, que em momento algum soube o quanto estava sendo patética. E assim, em todo a tristeza, a falta lhe sobra, a solidão lhe domina, e os dias seguem, parecendo não ter fim.
Um comentário:
Esse texto faz parte da história da Maria Eduarda?
De qualquer forma, muito bom, demonstra muito sofrimento e dor. Que esse coração sofredor melhore e respire aliviado quando sua vida um dia tiver rumo.
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