E assim ao caminhar, cada verso torto se faz presente no seu olhar. Porque cada traço, cada raio de sol no amanhecer, é como o seu olhar sobre a minha pele fria nesse inverno.
Cada pedaço da minha alma, mutilada pelas feridas da vida se reconstroem apenas com o semblante da sua face. O sol nasce, o dia se vai, mas tudo em você fica em mim. Não basta deixa-lo para trás, em meu peito tem sempre algo mais do que só saudade. É uma dor, é um amor que invade. É uma tortura sua ausência, no desejo da presença.
E assim se vai, cada lembrança, de cada pedaço seu, faz cada vez mais você ser meu. É como se eu esperasse por essa tortura da sua ausência, pra depois ter você ali diante dos meus olhos, mesmo que nada se explique, nada se replique. Mesmo que nada responda ou console a minha dor.
É assim que eu me sinto, apenas por afastar os meus olhos dos seus.
Apenas por permanecer distante e sonhadora, passando e repensando em cada flash, em cada filme aonde você é o ator principal. Aonde cada sonho pode se tornar realidade, nessa minha louca mente sedenta de você.
E assim, caminhando pela rua, com a brisa no rosto, e o sol dando o ar da graça. E cada respirar é como um grito, de socorro por seu nome. É um desejo mais do que ardente de desvendar cada segredo, cada mistério, cada dor envolvida, em cada poro da sua capa protetora-artificial.
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