12 de nov. de 2012

Pensamentos aleatórios provocados pela paixão sublime



Quem poderia acreditar que tamanho desastre emitido pela natureza poderia amar?
O que seria então esse ser desprovido até mesmo do seu equilíbrio externo, e da sua organização interior?

Duda rabiscava essas palavras em uma folha qualquer do seu caderno, junto com os seus pensamentos aleatórios provocados pela paixão que invadia-lhe cada dia mais após ter conhecido Théo.
Como em um sonho perfeito lá estava ela sendo a atriz principal de um filme que havia começado com um rascunho cruel e resquícios de sua inabilidade com as pessoas.
 Logo o senhor de suas emoções havia se transformado em um príncipe encantado do mundo moderno, e ainda sim carregava consigo o romantismo de uma época aonde o amor não era apenas um sentimento vulgarmente momentâneo. Era algo que unia duas pessoas até o último respirar de ambas. Quando algo não dava certo e começava a se desvanecer, juntos eles podiam remendar e consertar os erros, e logo tudo ficaria bem. Afinal, todo aquele amor não poderia ser disperso em meio às tolices momentâneas ocorridas ao longo dos anos em uma vida a dois, aonde o amor, mais do que verdadeiro e supremo, poderia fazer com que tivessem o mundo em suas mãos.

Estavam juntos, perdidos em meio ao mundo moderno e pessoas mesquinhas. Viviam em um mundo aonde as pessoas não se importavam com mais nada, aonde a futilidade rotineira valia mais do que a vida, e os problemas continuariam a ser problemas, dos outros, afinal alguém teria que se preocupar, e esse alguém com certeza não era uma dessas pessoas submersas na hipocrisia.

O cenário desse intenso romance não parecia em nada com Paris da década de 20. Parecia não haver glamour, Romance, e nem ao menos respeito aos demais. Estavam em meio ao terror dos dias atuais.
Ainda sim, poderiam viver em um lindo conto de fadas, em meio à floresta selvagem dos prédios e casas, andando descalço pela grama cimentada de suas residências.

O amor que sentiam parecia correr em suas veias tão e quão freneticamente como o sangue que percorre o corpo, aquece e nos mantém vivos.
 Esse amor era o que alimentava seus corpos, e fazia com que suas almas se sentissem reatadas depois de longas décadas a procura de suas metades que espaireciam por ai.
Suas metades haviam formado um todo, aonde o amor verdadeiro preenchia-lhes com a felicidade sublime, causando-lhe o êxtase e frenesi de um antes desconhecido sentimento, que hoje se faz tão certo e essencial quanto o oxigênio que agora lhes enche seus pulmões.

A valsa de seus corpos era a dança que os movia, tão sutil quanto a brisa que esbarra em seus rostos na bela manhã ensolarada de domingo.
Os dedos das mãos se procuram, tentando se agarrar um ao outro e não mais soltar.
Aqueles olhares que antes eram discretos, meio de lado, hoje são inteiramente um do outro. E em cada um pode-se ver quanto amor e paixão estão transbordando de sua alma antes solitária, e hoje recoberta com pequenos prazeres da felicidade constante e irradiante.

Os beijos que antes eram sonhos bons, daquele louco despertar de um sono eterno, após a vida ter desistido de seguir, hoje são trocados com a delicadeza e com todo o prazer de um amor que não pode ser descrito com palavras, gestos, olhares, e tampouco demonstrado com esses beijos que podem arrepiar-lhes a espinha.
Hoje eles protagonizam mais uma cena de romance em meio as telas gigantes dos olhares invejosos daqueles que não sabem a beleza do amor verdadeiro, mas juntos saberão enfrentar madrastas e lobos mau que poderão aparecer atrapalhando o seguimentos de seus olhos e suas trilhas rumo ao futuro certo e repleto de desejos.

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