
Acordei embriagada de tantos porres de tristeza, a cabeça ainda doendo, e as náuseas psicológicas me fazendo desejar o fim.
Tudo ao meu redor parece se deslocar, e se distanciar. Já não sei aonde posso me segurar, preciso de apoio antes que eu caia, e tenha que me rastejar, implorando por ajuda.
As coisas parecem difíceis quando se está sóbrio, quando tudo parece bem, mas sua alma tenta rasgar seu peito, e sair por aí, vagando, desesperadamente, por todos os caminhos que dizem ser o da felicidade.
Minha cabeça dói tanto que já não sei qual dor é maior. Se a razão das minhas dores tem algo haver com a distância que me separa de tudo o que conheci. Ou se toda essa ausência tem se acumulado sobre os meus ombros, e todo esse peso tem me feito cansar, cada dia mais, esgotando as minhas energias. Me fazendo desfalecer.
Não sei quanto tempo dura um desses porres, mas sei que quando a ressaca emocional vem, ela chega com tudo. A única vontade que tenho é de me jogar no chão, e passar o dia ali, imóvel.
Ainda irei tomar tantos outros goles de tristeza. Não aprendi a controlar minha sede de melancolia, e minha fome de decepções.
Afinal, minhas expectativas não costumam se alinhar com a realidade, e eu me decepciono simplesmente pelo fato da minha existência.
Quando o que eu mais queria ira dormir um sono profundo, a única coisa que consigo é a dificuldade para fechar os olhos e adormecer. Talvez eternamente.
E nessa insônia mal sucedida da vida, vou levando minhas angústias adiante, até que tudo se acabe. Até que eu me recomponha e recupe minha sanidade. Até que eu evite a primeira dose de tristeza.
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