3 de abr. de 2012

Parece cocaína, mas é só tristeza

Às vezes sinto uma felicidade quase que incontrolável. Meus lábios sorriem sozinhos, meus olhos brilham de alegria, e meu corpo dança com o vento. Canto aos berros em perceber, e me levo além do que sei.
Mas não sei como, muito menos por aqui, às vezes essa felicidade acaba muito rápido, tanto quanto começou.
Todo o meu extase se rompe, e fico pelo chão. Me arrasta, me arranho, e me quebro em tantos pedaços que nunca consigo recuperar todos os cacos. Sempre sobram falhas.
Sinto a brisa passar pelo meu rosto, respiro profundamente, e me encho de sorriso gigantes, de uma felicidade contagiante. Vontade de correr, gritar, pular e cantar todas as minhas músicas favoritas. Canto algo na rua, canto no banho, e canto versos em minhas poesias. Canto a vida, numa dessas canções que não fazem muito sucesso, mas que continuam por lá.
De repente desperto para a realidade de algo que não me agrada. Em segundo uma melancolia gigantesca se apode de mim, e tenta me arrastar com ela.
Eu não sei o que é, mas acontece, e não passa. Não mais.

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