Quando encontramos alguém que amamos qualquer coisa em comum passa a ser uma puta coincidência, ficamos naquele "mimimi" de que temos muito em comum, e depois descobrimos que o simples fato de termos algo em comum não vai salvar a sua vida dos problemas do dia a dia.
Eu conheci um cara que era a minha alma gêmea, tanta coisa em comum não poderia ser desperdiçada. Eramos feitos um para o outro, quanta perfeição.
Acabou, e hoje eu vejo o quanto não tinhamos praticamente nada em comum. Não estou "cuspindo no prato que comi", nem nada disso. Infelizmente é a realidade.
Eu sempre gostei de ouvir minhas músicas, encher a cara, estar no meio da galera. Sempre gostei de tatuagens, piercing, alargadores, e tudo o mais.
Bem, depois de mais de 3 anos e uma longa convivência, descobri que eu sou porra louca demais para alguém como ele. Não, todos sabem que não foi esse o motivo do nosso término, mas com o pesar dos acontecimentos qualquer coisa diferente passou a se acumular.
Sou diferente, mas nada que me diferencie tanto assim da humanidade. Desde os 13 anos chamava atenção com meus cabelos cor de fogo, e os olhos cobertos de lápis e delineador. Ia as quartas no shopping e encontrava a galera, iamos para praça às vezes, e nos divertíamos com muito pouco.
Reunia os amigos aqui em casa, colocava um bom filme de terror, fazia montes e montes de pipoca, fazendo a nossa bagunça. Nossas piadas, brincadeiras, e toda a felicidade de um bando de adolescentes satisfeitos com o pouco.
Nos fins de semana em que tinhamos uma graninha faziamos churrasco. Pouco carne, e muita bebida barata. Horas depois todos estávamos bebados, rindo de tudo, e tendo lembranças memoráveis para contar para os nossos filhos e netos.
Eu cresci gostando de beber, fazer bagunça, e querendo tatuar o máximo de pele possível do meu corpo. Sim, eu sou assim. E meu ex noivo nunca gostou disso.
Aí eu me pergunto: por que estavámos juntos mesmo?
Era muito amor, eu sei.
Eu gostaria de saber como é que um relacionamento sobrevive com tantas diferenças?
Se alguém quiser ficar comigo, da próxima vez, se houver uma, terá que realmente gostar de mim do jeito que eu sou. Com todos os meus defeitos, quilos à mais, tatuagens, bebidas no fim de semana, video game, vicio em redes sociais, e tudo mais que vier acompanhado.
Vai ter que assistir filmes comigo e me fazer cafuné, e não querer me comer após brigar comigo.
Eu estou só um pouquinho revoltada com a humanidade, mas logo passa.
Só não quero ter mais problemas por ser quem eu sou.
Se gostar de mim tem que ser exatamente assim. Do contrário, adeus.
2 comentários:
Adeus!
perfeito!
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