Estava
atrasada. Vestiu-se com pressa e sem vaidades. Agarrou sua velha mochila e foi
trabalhar.
Era um
daqueles dias chatos de primavera, aonde o sol aquecia demais, e as flores
acabavam murchando, exaustas por esperarem a trégua vinda em forma de chuva.
A pequena
Duda estava distante, pensava em Théo o tempo todo.
Hoje não
iria vê-lo, mas ainda sim estava feliz.
Ao despertar
de seu sono mais do que merecido, Eduarda resolveu entrar mais uma vez em seu
e-mail a procura de vestígios do seu amado.
Finalmente
ela havia se encontrado. Só podia pensar nele: Théo! Théo! Ai, ai....
E lá estava,
mais um daqueles e-mails que fazem todos os seus poros se arrepiarem. Fazem
seus olhos se inundarem e seu coração transbordar.
Lá estava
ela. Chegou, olhou para o fundo da cozinha, e viu uma sacola amarela em cima
dos puffs em que costumava ficar acompanhada do seu eterno amado.
Por um
instante pensou que talvez ele pudesse ter conseguido trocar sua escala de
folga, e estivesse lá, esperando ansiosamente para vê-la, assim como ela queria
olhar em seus olhos e dizer o quanto o amava e estava sedenta dele.
Então, no
bobear de um piscar dos cílios, lá estava ele.
- Théo! O
que você está fazendo aqui? – Duda disse querendo gritar: - Você não faz idéia
do quanto estou feliz de te ver, meu amor.
Naquele
momento teve vontade de se jogar em seus braços, sair correndo dali. Fugir.
Felizmente
Duda e Théo compartilhavam da mesma idéia. Como ela queria sair dali, sem rumo,
só os dois.
Estavam
juntos, corpos colados, dedos entrelaçados, entre beijos e carícias.
- Vamos
fugir?
Tudo o que
queria era sair dali, segurando a mão de Théo, rumo à qualquer lugar em que
pudessem ficar juntos, sozinhos, sem que ninguém pudesse interromper o amor que
exalava de seus corpos.
Queria tê-lo
em seus braços sem pressa para acabar.
Tinha
vontade de lhe encher de beijos. Daqueles que começam nos lábios e não se sabe
aonde vão terminar.
E assim
esperava que eu algum momento fosse. Desde que não se separassem nunca mais.
Um comentário:
Mais um transbordar de realidade na fantasia. Lindo e apaixonadamente escrito, tão quanto ouvi! O
Ótima escolha de nome.
Ósculos e amplexos!!!
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