4 de nov. de 2012

Pouso de emergência: A surpresa




Estava atrasada. Vestiu-se com pressa e sem vaidades. Agarrou sua velha mochila e foi trabalhar.
Era um daqueles dias chatos de primavera, aonde o sol aquecia demais, e as flores acabavam murchando, exaustas por esperarem a trégua vinda em forma de chuva.
A pequena Duda estava distante, pensava em Théo o tempo todo.     
Hoje não iria vê-lo, mas ainda sim estava feliz.

Ao despertar de seu sono mais do que merecido, Eduarda resolveu entrar mais uma vez em seu e-mail a procura de vestígios do seu amado.
Finalmente ela havia se encontrado. Só podia pensar nele: Théo! Théo! Ai, ai....
E lá estava, mais um daqueles e-mails que fazem todos os seus poros se arrepiarem. Fazem seus olhos se inundarem e seu coração transbordar.

Lá estava ela. Chegou, olhou para o fundo da cozinha, e viu uma sacola amarela em cima dos puffs em que costumava ficar acompanhada do seu eterno amado.
Por um instante pensou que talvez ele pudesse ter conseguido trocar sua escala de folga, e estivesse lá, esperando ansiosamente para vê-la, assim como ela queria olhar em seus olhos e dizer o quanto o amava e estava sedenta dele.
Então, no bobear de um piscar dos cílios, lá estava ele.
- Théo! O que você está fazendo aqui? – Duda disse querendo gritar: - Você não faz idéia do quanto estou feliz de te ver, meu amor.
Naquele momento teve vontade de se jogar em seus braços, sair correndo dali. Fugir.
Felizmente Duda e Théo compartilhavam da mesma idéia. Como ela queria sair dali, sem rumo, só os dois.
Estavam juntos, corpos colados, dedos entrelaçados, entre beijos e carícias.
- Vamos fugir?

Tudo o que queria era sair dali, segurando a mão de Théo, rumo à qualquer lugar em que pudessem ficar juntos, sozinhos, sem que ninguém pudesse interromper o amor que exalava de seus corpos.
Queria tê-lo em seus braços sem pressa para acabar.
Tinha vontade de lhe encher de beijos. Daqueles que começam nos lábios e não se sabe aonde vão terminar.
E assim esperava que eu algum momento fosse. Desde que não se separassem nunca mais.

Um comentário:

Pamela Nunes disse...

Mais um transbordar de realidade na fantasia. Lindo e apaixonadamente escrito, tão quanto ouvi! O
Ótima escolha de nome.
Ósculos e amplexos!!!