17 de dez. de 2012

A dormência da mente

 Andava, corria, seus pés não seriam capazes de suportar tamanha pressão por tanto tempo.
 Estava em um nível acima da sua realidade, não sabia ao certo o que sentia. Tudo o que poderia ouvir eram vozes zoadas que penetravam em sua mente como agulhas penetravam em suas veias.
 Sentia uma dor tão latejante em seu corpo, que não conseguia identificar de onde surgira a dormência e o sangramento que lhe era evidente.
 Vozes, pessoas, multidão. Calem-se! Calem-se!
 As imagens se distorciam, sua mente não podia mais reconhecer a si mesma, estava prestes a surtar. O que poderia fazer então?
 Suas lágrimas tão evidentes saltariam de seus olhos.
 Ela queria saltar nesse céu imerso na insanidade repentina.
 Sentiu que não resistiria, então se perdeu. Se foi.

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