21 de jan. de 2013

A dor, o ar, o amor.


Esse silêncio que me invade e ecoa. O grito mudo da alma prestes a explodir em um grito ensurdecedor dos tímpanos profanos da mente insana, perdida entre os cacos do coração despedaçado.
E no silêncio da madrugada branda, as lágrimas imundas se desfazem no pranto incansável. Só, somente e sozinha em meio aos versos incompletos transbordando por aí.
O peito dói, me falta o coração, para quem sabe voltar a bombear a felicidade instantânea por todas as minhas veias. É o que falta, me dar o sopro de vida, para resgatar o ar que me falta nos pulmões, para tirar esse nó na garganta que me impede de respirar e gritar, chamar por seu nome.
O respirar do teu eu invade o que resta do meu, parece anestesiar o que há em mim. Talvez não seja mais a dor do que me consome, e sim as feridas que ainda latejam ao ver o que se expande em minha frente.

Um comentário:

L disse...

Pensamentos não concretizados, palavras não ditas, gestos contidos, momentos perdidos no tempo que nos enlouquecem, tudo isso acompanhado do silêncio ensurdecedor.
Uma vez um sábio falou que nada grita mais alto que silêncio!