28 de fev. de 2013

Tanta confusão

 Assim me mantenho distante enquanto tudo o que eu queria estar estar em seus braços.
 Os dias passam e minha confusão se aglomera, pesando em meus ombros, me afundando no chão imundo de tristezas. Dessas quais acho que nem me lembro mais, talvez ainda reste algo, uma memória ou pequena cicatriz, ao mesmo tempo que já não existe mais nada.
 O que resta em mim? O medo parece incrustado em minhas veias. A culpa do mundo é o que se ajeita aqui em minhas mãos.
 Tem dias que eu quero permanecer só, e nesses mesmos eu só queria estar contigo.
 Momentos em que quero silêncio absoluto e ainda sim quero ouvir seu riso frouxo.
 Tem dias que eu não sei o que quero e ainda sim sei que quero o mundo.
 Em outros quero me afogar no mar do sono e toda a minha exaustão. Há tanto tempo luto por mim que nem sei se eu ainda estou vida. Talvez esteja no meu faz de contas.
 De mim nada nunca se tem, trago as mãos vazias e o peito cheio. De dia desejo um cigarro, de noite uma dose de whisky, mas nunca é o que quero.
 Afinal de contas, eu não sei o que é esse tal de tanto querer. E ainda mim, tudo o que eu quero é esse amor que me preenche.
 Tantas contradições nessa singularidade infinita. Tanto de mim deixado sobre você.
 É tanta dor que já nem sei aonde mais está ferido.
 É tanto amor que já não se sabe de onde vem.
 É tanto eu em meio aos fantasmas que já me considero parte deles.

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