Dispara! Maltrata à mim nessa corrosão do que sinto, nessa consumação do que penso, e na exaustão desse viver senão a vida que não parece estar em minhas mãos.
Sinto-me cerrar os olhos e acumular ali você, preenchendo a pálpebra de incertezas certas nessa insana saudade do seu eu.
Minhas mãos falham, deixam-se levar na fraqueza, na ausência do seu corpo ali para tocar.
Meu rosto parece uma caricatura mal feita por apreciadores da arte moderna da saudade.
E que falta você me faz!
E o que falta no fazer?
Sinto-me embriagada no seu cheiro, que inspiro e toma conta de todo o meu ser. Que se junta à mim, percorrendo todo o meu corpo, juntando o sangue que percorre minhas veias ao amor que move meu coração.
Então meu coração dispara, sinto seu cheiro e meu corpo se acelera, começa a trabalhar no ritmo dos seus versos, meus beijos querem se depositar em você, e o meu amor, ah... O meu amor! Este quer tê-lo por inteiro até o fim dos tempos.
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